A gestão colaborativa das atividades não-presenciais na aprendizagem do ensino fundamental no período pandêmico
Palavras-chave:
Gestão Colaborativa, Atividades Não-Presenciais, Período Pandêmico, AprendizagemResumo
O artigo “A gestão colaborativa das atividades não-presenciais na aprendizagem do ensino fundamental no período pandêmico” mostra a experiência de uma escola pública municipal, do estado do Piauí, Brasil, tendo como foco a percepção de docentes e pais de alunos sobre as atividades remotas neste período de enfrentamento e adaptação originados pela epidemia da Covid-19, evidencia o que docentes e pais percebem sobre este novo modelo de aulas e aprendizagem. Os teóricos consultados para referendar esta pesquisa foram: Alves (2010), Antunes (2020), Boaventura de Sousa Santos (2020), Boy e Duarte (2014), Cunha (2006), Dauber e Epstein (1989), Freire (2006), Kaztman (1990), Linhares (2020), Menezes et al (2020), Modelski, Giraffa e Casartelli (2019), Nóvoa (2004), Stoco e Almeida (2011), Pretto et al (2020) que contribuíram na construção teórica da temática sobre o ensino não-presencial e de forma remota. O estudo de caso instrumental, identifica e mostra os caminhos percorridos pela escola, desde a elaboração dos kits xerocados aliados a uma nova forma de se pensar o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), nas atividades não-presenciais para alunos das séries iniciais, os processos participativos, com a forte presença da gestão colaborativa. Este estudo mostrou que, mesmo diante das dificuldades do ensino remoto de acesso e uso da internet, as plataformas digitais, Whatsaap e congêneres, mais de 80% dos docentes consideram a aprendizagem regular, mais de 63% dos pais consideram às atividades não-presenciais boas e adequadas e 57% deles consideraram boa a aprendizagem das crianças, mesmo enfrentando obstáculos de logística e dos processos objetivos do ensino de crianças.
Referências
ALVES, Wanderson Ferreira. O trabalho dos professores: saberes, valores, atividade. Campinas: Papirus, 2010.
ANTUNES, R. Coronavírus: O trabalho de sob o fogo cruzado. São Paulo: Boitempo, 2020.
ANDRÉ, M. E. D. A. Estudo de caso em pesquisa e avaliação educacional. 3 ed. Brasília: Liber, 2008.
ARROYO, M. G. Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres. Petrópolis: Vozes, 2014.
BOY, L. C. G.; DUARTE, A. M. C. A dimensão coletiva do trabalho docente: uma experiência em duas escolas municipais de Belo Horizonte. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 30, n. 4, p. 81-104, 2014.
BRASIL. MEC. Portaria n. 343, de 17 de março de 2020. Dispõe sobre a substituição de aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus – COVID-19. Diário Oficial da União: ed. 53, seção 1, Brasília, DF, 18 mar. 2020b.
BRASIL. MEC. Súmula do Parecer CNE/CP n. 5/2020. Reorganização do Calendário Escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da COVID-19. Diário Oficial da União: ed. 83, seção 1, Brasília, DF, 4 maio 2020c.
CUNHA, J. M. P. (org.). Novas metrópoles paulistas: população, vulnerabilidade e segregação. Campinas: Unicamp, 2006.
DALBEN, A. Caminhos da construção de uma Avaliação Institucional Participativa. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v. 27, n. 65, p. 346-374, 2016.
FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 13. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
FREITAS, A. C. A Participação Docente e Colegiada no processo de construção do currículo de Tempo Integral. (Dissertação de Mestrado). Universidade Tecnológica Intercontinental/ UTIC. Paraguay, 27 de jul./2017.
KAZTMAN, R. (org.). Activos y estructuras de oportunidades: estudios sobre las raíces de la vulnerabilidad social en Uruguay. Montevideo: PNUD/CEPAL, 1999.
MENEZES, C. et al. Artigo: educação a distância no contexto universitário. UFRGS, Porto Alegre, 24 dez. 2020.
MODELSKI, D.; GIRAFFA, L. M. M.; CASARTELLI, A. O. Tecnologias digitais, formação docente e práticas pedagógicas. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 45, e180201, 2019.
NÓVOA, A. O professor, a escola e as mudanças educacionais – entrevista com professor António Nóvoa. Textos Reflexivos. São Paulo: GRUHBAS Projetos Educacionais e Culturais, 2004.
PRETTO, N. D. L.; BONILLA, M. H. S.; SENA, I. P. F. S. Educação em tempos de pandemia: reflexões sobre as implicações do isolamento físico imposto pela Covid-19. Salvador: Edição do autor, 2020.
SANTOS, B. S. A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Edições Almedina, 2020.
SILVA, K. F.; PRATA-LINHARES, M. M. Tecnologias digitais de informação e comunicação e educação a distância na formação docente: qual inovação? Revista Educação e Políticas em Debate, Uberlândia, v. 9, n. 1, p. 137-150, jan.–abr., 2020.
UNESCO. Distance learning strategies in response to COVID-19 school closures. UNESCO COVID-19 Education Response. Education Sector issue notes. Issue note n. 2.1. Paris: UNESCO, Apr. 2020a.
UNESCO. Adverse consequences of school closures. COVID-19 Educational Disruption and Response. Paris: UNESCO, 2020b/ 2020c.