Negrinha - uma releitura pelo Teatro do Oprimido

Autores

  • Maria Aparecida de Oliveira Borges IFG- Instituto Federal de Goiás

Palavras-chave:

Palavras-chave: Arte e ensino, Teatro do Oprimido, Racismo.

Resumo

O Teatro do Oprimido  é uma das expressões artísticas mais ousadas por proporcionar interação  intencionalmente direta com o objetivo claro de despertar no espectador o reconhecimento de que também  pode atuar no meio em que vive. As  discussões nessa estética são propostas em um ambiente de criatividade e descontração, despertando  tanto no ator quanto no observador o senso de compromisso com os assuntos sociais e políticos. O presente artigo tem o objetivo de expor as características  do Teatro do Oprimido de Augusto Boal e seus desdobramentos – Teatro-Fórum e  Teatro-Invisível – que serviram de fundamentação para  a construção do roteiro de uma peça teatral, dando vida às personagens do conto “Negrinha” de Monteiro Lobato, em um processo de retextualização. Há, portanto, a apresentação do  percurso metodológico que finaliza com a apresentação no evento “Culturas Negras” que  ocorre anualmente no campus. A escolha dessas técnicas se deu pelo fato de que foram precipuamente criadas por Boal, dentro da sua estética,  para possibilitar a interação que se pretende dos atores/alunos com a plateia. Serão apresentadas, no Apêndice,   o resultado da retextualização.

 

Biografia do Autor

Maria Aparecida de Oliveira Borges, IFG- Instituto Federal de Goiás

Professora Titular do Instituto Federal de Educação de Goiás – Campus Uruaçu – GO - Brasil. Doutora em Ciências da Educação pela Universidad Americana de Asunción (UAA).

Referências

ANDRADE, Clara. O exílio de Augusto Boal: reflexões sobre um teatro sem

fronteiras. 7Letras, 2014.

BEZERRA, Paulo. Polifonia. In: Brait, Beth (org.). Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005. p. 191-200.

BOAL, Augusto. Técnicas latino-americanas de teatro popular:uma revolução copernicana ao contrário. São Paulo: Hucitec, 1979.

BOAL, Augusto. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas, São Paulo: Cosac Naify, 2013.

BORNHEIM, Gerd. Brecht: A estética do teatro. Rio de Janeiro: Graal, 1992.

BROOK, Peter. O teatro e seu espaço. Petrópolis: Vozes, 1970.

CHIARINI, Paolo. Bertolt Brecht. Tradução Fátima de Souza. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.

COURTNEY, R. Jogo, Teatro e Pensamento: As bases intelectuais do teatro na educação. São Paulo: Perspectiva, 1980.

DELL’ISOLA. Retextualização de Gêneros Escritos. Rio de janeiro, Lucerna 2007.

DE OLIVEIRA BORGES, Maria Aparecida. A contribuição dos jogos teatrais para o desenvolvimento da Inteligência Linguística. Rebena-Revista Brasileira de Ensino e Aprendizagem, v. 1, p. 69-79, 2021.

HEGEL, G. W. F. Estética. Tradução Álvaro Ribeiro e Orlando Vitorino. Lisboa: Guimarães Editores, 1996.

JAPIASSU, Ricardo. Metodologia do Ensino de Teatro. (Coleção Àgere). 2 ed. Campinas: Papirus, 2003.

KOUDELA, Ingrid D. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 2011.

LOBATO, Monteiro. Negrinha. Bauru: Edusc, 2000.

SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. [tradução e revisão Ingrid Dormien Koudela e Eduardo José de Almeida Amos]. - São Paulo: Perspectiva, 2010.

WILLETT, Jonh. O teatro de Brecht: visto de oito aspectos. Tradução Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1967.

DA SILVA, Flavio Jose Rocha. Uma história do Teatro do Oprimido. Aurora. Revista de Arte, Mídia e Política. ISSN 1982-6672, v. 7, n. 19, p. 23-38, 2014. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/aurora/article/view/17313

Vídeo:

TELECURSO. Ensino Médio – Teatro – Aula 5; Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=prTZbQuF1jE >; Acesso em: 15 Jan 2022.

Downloads

Publicado

2022-03-09

Como Citar

de Oliveira Borges, M. A. (2022). Negrinha - uma releitura pelo Teatro do Oprimido . Rebena - Revista Brasileira De Ensino E Aprendizagem, 3, 111–131. Recuperado de https://rebena.emnuvens.com.br/revista/article/view/22