O Bem-Estar Docente em Foco
Percepções de Professores da Rede Pública de Iranduba
Palavras-chave:
Bem-estar, Educação Pública Brasileira, Plano de carreiraResumo
Esta investigação teve como foco analisar o bem-estar de professores em duas escolas públicas do município de Iranduba, durante o exercício da profissão no ano de 2022. A pesquisa seguiu uma abordagem quantitativa, alinhada à perspectiva da gestão com qualidade humana. Utilizou-se a técnica de pesquisa de campo com levantamento, por meio da aplicação de um questionário estruturado e fechado, contendo também itens psicométricos direcionados aos docentes. O desenho da pesquisa foi não experimental, tendo como população 54 professores atuantes nas duas escolas estaduais selecionadas. O objetivo geral do estudo foi conhecer as percepções de bem-estar dos professores no contexto escolar. A análise dos dados revelou que o bem-estar docente está fortemente ligado à forma como os professores experienciam suas vivências profissionais, sendo influenciado tanto por fatores internos quanto externos à escola. Entre os principais elementos que impactam negativamente o bem-estar dos docentes, destacam-se os relacionamentos interpessoais e aspectos da gestão escolar, os quais afetam diretamente o processo de ensino-aprendizagem. Conclui-se que promover o bem-estar docente é essencial para melhorar a qualidade da educação, sendo necessário considerar aspectos estruturais, relacionais e institucionais no ambiente escolar.
DOI: 10.5281/zenodo.15538257
Referências
AIDIS, A. et al. Motivação e realização profissional. Revista Psicologia e Trabalho, v. 9, n. 2, p. 45-60, 2007.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. s.d.
BAILER, V. M.; TOMITCH, L. M. B.; D’LEY, S. L. Metodologia da pesquisa em educação. Porto Alegre: Artmed, 2011.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2009.
BERGAMINI, C. Auto-realização e desenvolvimento humano. São Paulo: Loyola, 2008.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da edu-cação nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 23 dez. 1996.
CASTRO, A. Após retorno às aulas presenciais, Amazonas tem 7,6% de profissionais da edu-cação infectados pela covid. Estadão, São Paulo, 1 set. 2020. Disponível em: https://educacao.estadao.com.br.
CACHEIRO, C. Competências socioemocionais e educação. Educação em Foco, v. 5, n. 1, p. 12-20, 2012.
DOXSEY, C.; DE RIZ, L. Pesquisa qualitativa e prática educativa. In: MINAYO, M. C. de S. (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 23. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. p. 35–52.
FONSECA, J. J. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
JESUS, S. N. de. Diferenças entre professores com níveis elevados e reduzidos de burnout: estudo de um grupo de variáveis cognitivas. Revista Portuguesa de Pedagogia, Coimbra, v. 34, n. 1, p. 123–146, 2000.
JESUS, S. N. de. A síndrome de burnout e os professores. Revista Educação, Formação & Tecnologias, Lisboa, v. 1, n. 1, p. 15–22, 1998.
LOPES, A. P.; PONTES, E. A. S. Síndrome de Burnout: um estudo comparativo entre pro-fessores das redes pública estadual e particular. Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 33–40, 2009. https://doi.org/10.1590/S1413-85572009000100004
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. São Paulo: Cortez, 2001.
MASLOW, A. H. Motivação e personalidade. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
MOSQUERA, G.; STOBÄUS, C. B. Autorrealização e saúde do professor. Revista Brasileira de Educação, v. 11, n. 32, p. 77-85, 2006.
MOSQUERA, J. J. M.; STOBÄUS, C. D. O professor e sua formação: um olhar sobre a afe-tividade. Caxias do Sul: EDUCS, 2008.
OLIVEIRA, L. R. Atualização curricular e motivação docente. Revista Brasileira de Educa-ção, v. 3, n. 7, p. 55-65, 1993.
PARO, V. H. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Cortez, 2004.
PICHON-RIVIÈRE, E. O Processo Grupo e o vínculo. Petrópolis: Vozes, 1995.
ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
RUSH, M. C. Burnout in teachers: Do personality and school context matter? Educational Research Quarterly, v. 27, n. 3, p. 23–36, 2003.
VASCONCELLOS, E. B. Trabalho e autorrealização. Revista Administração Contemporânea, v. 1, n. 1, p. 25-38, 1995.
VAN PRAAG, B. M. S.; FRIJTERS, P. The measurement of welfare and well-being. Journal of Economic Perspectives, v. 13, n. 2, p. 1-24, 1999.
VAN PRAAG, B. M. S.; FRIJTERS, P. The measurement of welfare and well-being: the Leyden approach. In: KAHNEMAN, D.; DIENER, E.; SCHWARZ, N. (Org.). Well-being: the foundations of hedonic psychology. New York: Russell Sage Foundation, 1999. p. 413–433.
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
VIGOTSKI, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
WILLIAMS, R. Motivação e desempenho profissional. Psicologia e Educação, v. 12, n. 3, p. 70-80, 2008.
WILLIAMS, R.; ROUND, A. Motivação e desempenho profissional. Psicologia e Educação, v. 12, n. 3, p. 70-80, 2009.
