Aplicação da neurociência nas práxis educacionais e pedagógicas com enfoque direcionado ao desenvolvimento do estudante
Palavras-chave:
Neurociência, Práxis educacionais e pedagógicasResumo
Com o avanço da neurociência aplicada à educação, o interesse sobre como ocorre o processo de aprendizagem e seus impactos práticos tem crescido. Esse processo envolve funções mentais essenciais como atenção, motivação, memória, linguagem, emoção e raciocínio lógico, que são fundamentais para a otimização do aprendizado. Compreender o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso central é crucial para que educadores desenvolvam estratégias pedagógicas eficazes. A análise das dinâmicas de sala de aula pode inspirar práticas que motivem os alunos, despertando neles o interesse em construir um conhecimento que ressignifique sua experiência de aprendizagem. Um conceito central nesse contexto é a neuroplasticidade, que representa a capacidade do sistema nervoso de se adaptar e modificar suas propriedades em resposta a estímulos internos e externos. A neurociência busca entender como o cérebro se desenvolve e se adapta ao longo da vida, influenciado por fatores como ambiente, comportamentos e genética. Nesse sentido, intervenções pedagógicas baseadas em descobertas neurocientíficas podem promover um aprendizado mais dinâmico, com professores receptivos ao engajamento e que estimulem os alunos a serem participantes ativos, em vez de meros espectadores. Um ambiente favorável também é indispensável, pois facilita a motivação e a atenção, potencializando os resultados. Assim, a integração entre neurociência e educação pode transformar práticas pedagógicas e enriquecer significativamente o processo de ensino- aprendizagem.
Referências
BOCH, R. A neurociência anunciada no pensamento de Paulo Freire: saberes necessários para a melhora no desempenho das aulas. Disponível em: https://robertabocchi.com.br/a-neurociencia-anunciada-no-pensamento-de-paulo- freire-saberes-necessarios-para-a-melhora-no-desempenho-das-aulas. Acesso em: 14 jan. 2025.
DIAMOND, Adele. Executive functions. Annual Review of Psychology, v. 64, p. 135- 168, 2013.
FISCHER, K. Dynamic development of human cognition and its implications for education. Cambridge: Harvard University Press, 2010.
GARDNER, H. Frames of mind: The theory of multiple intelligences. New York: Basic Books, 1993.
GOLEMAN, D. Emotional intelligence. New York: Bantam Books, 1995.
GOSWAMI, Usha. Neuroscience and education: A review of the literature. British Journal of Educational Psychology, v. 76, n. 2, p. 1-16, 2006.
HOWARD-JONES, Paul A. Neuroscience and education: A review of the literature.
British Journal of Educational Psychology, v. 84, p. 1-18, 2014.
IMMORDINO-YANG, Mary H.; DAMASIO, Antonio R. We feel, therefore we learn: The relevance of affective and social neuroscience to education. Mind, Brain, and Education, v. 1, n. 1, p. 3-10, 2007.
JENSEN, E. Teaching with the brain in mind. Alexandria: Association for Supervision and Curriculum Development, 2005.
KANDEL, E. Faculty profile. Disponível em: https://www.cumc.columbia.edu/dept/neuroscience/faculty/eric-kandel.
Acesso em: 14 jan. 2025.
KOLB, Bryan; WHISHAW, Ian Q. Fundamentals of human neuropsychology. 6th ed. NewYork: Worth Publishers,2009.
SABBATINI, R. Neurociência e educação: Implicações para a prática pedagógica. São Paulo: Editora Atheneu, 2016.
SANTOS, Isabel Cristina Santana et al. Como aprende o cérebro: descobertas recentes e apli-cações na educação. Rebena-Revista Brasileira de Ensino e Aprendizagem, v. 7, p. 515-526, 2023.
SOUZA, André; OLIVEIRA, Raquel. Neurociência e educação: desafios e possibilidades na formação de professores. Educação e Pesquisa, v. 46, n. 2, p. 399- 415, 2020.