A urbanização, desigualdades socioespaciais e mercado de trabalho no Recife

Resumo

Este estudo investiga as consequências da rápida urbanização sobre a configuração das desigualdades socioespaciais e as transformações no mercado de trabalho na cidade do Recife, situada em Pernambuco. Inserida em um cenário de crescimento urbano intenso e marcada por desigualdades históricas, Recife revela as tensões existentes entre o progresso econômico, a reestruturação produtiva e o aprofundamento das disparidades territoriais. O planejamento regional na cidade do Recife se depara com o desafio de responder às rápidas transformações demográficas e às dinâmicas do mercado de trabalho, que são consequências da urbanização acelerada. O aumento da população nas áreas urbanas resulta em uma demanda crescente por serviços e infraestrutura, ao mesmo tempo que gera problemas como a degradação das condições laborais e a falta de moradia adequada. Contudo, essa urbanização também apresenta oportunidades, principalmente com a expansão do setor de serviços e os avanços tecnológicos, que podem abrir novas possibilidades de emprego e impulsionar o desenvolvimento econômico. Ademais, a análise revela que a urbanização desordenada tem intensificado as pressões ambientais, afetando negativamente a sustentabilidade urbana e a justiça socioambiental. Por fim, o artigo sugere alternativas para promover um desenvolvimento urbano mais justo, enfatizando a importância do planejamento participativo, da inclusão produtiva e da integração regional como caminhos viáveis para mitigar as desigualdades existentes, permitindo que Recife enfrente os desafios e capitalize as oportunidades que surgem nesse contexto em constante mudança.

DOI: 10.5281/zenodo.17032601