Eixo interação e brincadeiras para a Educação Infantil
o olhar do RCNEI
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.17807349Palavras-chave:
Educação Infantil, Brincadeiras, Interações, RCNEI, LudicidadeResumo
O presente artigo tem como objetivo revisar criticamente a literatura e os documentos normativos que tratam do eixo interações e brincadeiras na Educação Infantil, com ênfase no olhar proposto pelo RCNEI. Trata-se de uma revisão de literatura de caráter exploratório e qualitativo, realizada em bases nacionais e internacionais, além de documentos oficiais do MEC e relatórios da UNICEF, considerando o período entre 2010 e 2024. Os resultados indicam que há consenso na literatura quanto à centralidade da ludicidade para o desenvolvimento integral das crianças, convergindo com os documentos oficiais que asseguram o brincar como direito pedagógico. Contudo, verificou-se descompasso entre teoria e prática, marcado por desafios relacionados à formação docente, infraestrutura e integração com tecnologias digitais. Conclui-se que a efetivação dos princípios legais ainda demanda investimentos em políticas públicas e práticas pedagógicas intencionais que garantam à criança o pleno direito de brincar e interagir.
Referências
ABRAMOWICZ, A. Infância, educação e direitos. Campinas: Papirus, 2014.
ALMEIDA, M.; GARCIA, R. Ludicidade e tecnologias digitais na Educação Infantil. Revista Brasileira de Educação, v. 27, n. 89, p. 1-20, 2022.
ARIÈS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.
BENJAMIN, W. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Duas Cidades, 2002.
BORBA, A. M. A brincadeira como experiência de cultura. In: CORSINO, P. (Org.). Educação Infantil: cotidiano e políticas. Campinas: Autores Associados, 2009. p. 105-122.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Brasília, DF: Presidência da República, 1990.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Brasília, DF: Presidência da República, 1996.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI). Brasília, DF: MEC, 2010.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, DF: MEC, 2017.
BROOKER, L.; WOODHEAD, M. The right to play in early childhood. Milton Keynes: Open University Press, 2013.
CAMPOS, M. M.; FÜLLGRAF, J.; WIGGERS, V. Educação Infantil: avanços e desafios. Revista Educação & Sociedade, v. 32, n. 116, p. 745-767, 2011.
CORSINO, P. Educação Infantil: cotidiano e políticas. Campinas: Autores Associados, 2009.
EDWARDS, S. Play-based learning and pedagogy. Early Child Development and Care, v. 190, n. 7, p. 1103-1116, 2020.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
NASCIMENTO, R.; SILVA, T. Brincar, interações e equidade na infância. Cadernos de Pesquisa, v. 51, n. 181, p. 1-18, 2021.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
UNICEF. A world ready to learn: prioritizing quality early childhood education. New York: UNICEF, 2019.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
